As ações do banco BTG Pactual caíram
18,4% na bolsa de valores no dia 26 de agosto de 2019. Já no dia 23 do mesmo
mês houve queda de 15,2%. A BTG Pactual perdeu quase um terço do valor de
mercado e você deve estar se perguntando o por quê. A queda foi motivada pela
investigação da Operação Lava Jato, que contou com buscas e apreensões em
endereços relacionados ao banco.
Uma denúncia feita em 2016 desencadeou
toda a investigação. A BTG Pactual era suspeita de controlar um esquema de
lavagem de dinheiro e administrar um departamento de propinas. O banco negou
realizar atividades criminosas, contudo, não foi possível livrar-se da queda da
empresa na bolsa de valores.
A BTG Pactual, assim como a Petrobras,
o Bradesco e a JBS enfrentaram a desvalorização na bolsa de valores após
acusações e investigações na Justiça. O objetivo deste artigo não é classificar
culpados ou inocentes, mas sim levantar as consequências econômicas que as investigações
trouxeram as empresas e, como evitar que sua empresa enfrente o mesmo problema.
As denúncias as empresas de capital
aberto causaram tombos imediatos na bolsa de valores. Investigações por
irregularidades financeiras, fraudes, cartéis, propinas, assédio, entre outros,
custaram a reputação das empresas no mercado econômico. A eclosão de escândalos
negativou a imagem das empresas e a recuperação da confiança e da transparência
está sendo árdua.
Erros são inerentes a qualquer
operação, contudo, não se deve condenar a empresa para sempre, principalmente
se ela fez tudo o que foi imposto para sua remissão.
Começamos este conteúdo falando sobre
escândalos de corrupção justamente para levantarmos a importância do Compliance na redução de penalidades e
danos à reputação das empresas. As investigações envolvendo o setor público e
privado têm varrido o País nos últimos anos, e a MG Advogados acredita que este
é momento de mudar o ambiente institucional das empresas e fazer negócios de
forma correta e legal.
Neste cenário, falaremos sobre o Compliance: o que é, para que serve e
como colocar em prática na sua empresa.
O que é e para que serve o Compliance?
Conhecida como uma espécie de “polícia”
das empresas, o Compliance pode garantir a conformidade do negócio
quanto à regulamentação, à legislação, às diretrizes e à boa reputação. O Compliance permite o alinhamento de
todas as áreas da empresa e expõe a importância da transparência em todos os
processos empresarias.
Com ele, é possível gerenciar
informações que podem representar um perigo para as empresas. Seu principal
benefício é justamente evitar prejuízos financeiros e danos à reputação da
empresa caso alguém viole as regras.
O Compliance
garante que a sua empresa “ande na linha”, controle e organize os processos
internos de maneira segura e transparente, promovendo um futuro sem surpresas
para o seu negócio.
Como colocar em prática o Compliance?
O primeiro passo para colocar o Compliance em prática é contar com um
especialista no assunto para elaborar um código de conduta. Aposte no
endomarketing para te ajudar a divulgar a importância de seguir as regras e
procedimentos internos. É essencial criar um canal de comunicação, no qual o
colaborador também possa denunciar condutas inadequadas.
Não se esqueça que o exemplo vem de
cima, logo, a gerencia e a diretoria devem agir com justiça e prezar por
atitudes éticas, tanto nos negócios quanto na relação com o colaborador. A
ideia é crescer, mas sem sacrificar os valores da empresa. Essa mensagem deve
ser clara para todos.
Mostre, através de atitudes, que sua
empresa não se envolve com atos imorais, por exemplo, no caso de uma
concorrência com fornecedores, não envolva sua família ou permita que parentes
entrem na disputa. Haja sempre com ética que, com o tempo, a ideia será
incorporada dentro da empresa.
Com isso, além de reduzir penalidades e
danos à reputação da sua empresa, você também ganha credibilidade por parte dos
clientes, investidores, colaboradores e fornecedores. Você aumenta a eficiência
e a qualidade dos produtos e serviços prestados, e melhora os níveis de
governança corporativa.
É responsabilidade do Compliance analisar detalhadamente os
riscos operacionais; gerenciar os controles internos (como uma espécie de
“policial” das normas); elaborar planos de melhoria; adequar os departamentos
às normas e procedimentos; monitorar a área de segurança da informação; realizar
auditorias frequentes; fiscalizar a conformidade contábil.
O que acontece se eu não tiver um Compliance?
Não ter um setor de Compliance
estruturado implica em muitas desvantagens e riscos, entre os principais estão:
- Penalidades: não estar de acordo com as normas
fiscais e tributárias tem como consequência o pagamento de multas e outras
punições legais;
- Lentidão nos processos internos: falha na
comunicação, demora na execução fiscal, além da não otimização de tempo do
funcionário;
- Desatualização e desconhecimento: com o
Compliance Fiscal a empresa fica atenta às mudanças tributárias e agiliza o
pagamento de tributos;
- Imagem negativa no mercado: nenhuma empresa
quer ficar conhecida por escândalos, certo?
O Compliance é uma das áreas que nós da
MG Advogados atuamos, isso envolve análises, treinamentos, revisões, entre
outros, e nada mais é do que deixar sua empresa em conformidade jurídica com o
fisco. A MG Advogados está pronta para deixar sua empresa atualizada.
Ainda está com dúvidas e precisa do
suporte de um escritório de advocacia? Fale
com um de nossos advogados.